5.2.07

PASSEATA PELA VIDA promovida pela Aliança Evangélica Portuguesa. FOI UM ÊXITO!


Com o apoio da Aliança Evangélica Portuguesa a "Passeata pela Vida" reuniu na cidade de Lisboa cerca de cinco mil participantes numa iniciativa espontânea de cidadãos cristãos evangélicos.
O desfile teve o seu início no Marquês de Pombal, desceu toda a Avenida de Liberdade, passando pela Praça dos Restauradores e do Rossio, continuou pela Rua do Ouro e terminou no Terreiro do Paço.


Na concentração houve um tempo especial de oração pelas mulheres, famílias e pela Nação; e a leitura da Declaração da Assembleia-Geral da Aliança Evangélica Portuguesa votada por unanimidade em favor da vida e contra o aborto, bem como de um texto geral das implicações da posição em favor da vida.

Ao mesmo tempo foram realizadas duas outras iniciativas semelhantes na cidade do Porto e de Faro.

DECLARAÇÃO DA ASSEMBLEIA-GERAL DA ALIANÇA EVANGÉLICA PORTUGUESA RELATIVAMENTE AO REFERENDO SOBRE A INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ

A Aliança Evangélica Portuguesa reunida na sua Assembleia-geral ordinária de 18 de Dezembro de 2006 decidiu, por unanimidade, relativamente ao referendo da interrupção voluntária da gravidez a realizar a 11 de Fevereiro de 2007, o apoio claro e inequívoco à opção pela vida contra o aborto.
Considera a Aliança Evangélica Portuguesa que o que se propõe à população portuguesa é efectivamente a liberalização da prática do aborto até às dez semanas e não a sua despenalização.
Mais entende a Aliança Evangélica que a lei existente nesta matéria é suficiente e satisfatória.
A Assembleia-geral reunida defende que compete ao Estado o desenvolvimento de políticas sociais efectivas de apoio às famílias, de modo a que o argumento económico não tenha real cabimento.
As igrejas evangélicas continuarão a desenvolver os projectos de apoio social que sempre têm sido seu apanágio, implementando uma formação preventiva e prestando todo o apoio espiritual e emocional a todas as pessoas e famílias que o solicitem, de modo a que se não chegue à situação de confronto com a opção do aborto, não se decida a favor dele face às múltiplas consequências que acarreta, bem como proporcionar ajuda a todas as mulheres que desprovidas do necessário acompanhamento acabaram por recorrer a ele.

DECLARAÇÃO PROFERIDA NA PRAÇA DO COMÉRCIO

Consideramos que o que está em causa no referendo do dia 11 de Fevereiro próximo não é a despenalização do aborto, mas a sua liberalização até às dez semanas qualquer que seja a razão. Sendo crime ou não na lei dos homens o aborto será sempre nestes termos pecado perante Deus.


Defendemos a legitimidade absoluta de definirmos e defendermos as nossas escolhas e o nosso voto em função dos valores e princípios cristãos.
Defendemos a vida desde o embrião como vida humana diferenciada que não se pode comparar à vida humana existente num espermatozóide ou num óvulo. A vida é sagrada. Atentar contra este princípio basilar é remover uma pedra fundamental da estrutura social e do indivíduo tanto moral quanto espiritual.
Consideramos que o maior de todos os argumentos reside na Palavra de Deus escrita em harmonia com a revelação natural e a revelação encarnada. O que Deus diz é definitivo e infalível, universal e imutável. O que Deus determinou na criação e está a restaurar com a redenção, é o melhor para a pessoa humana, para as famílias, para a sociedade e para as nações.
Denunciamos o relativismo moral e as suas mentiras disseminadas pelos meios de comunicação social através de filmes e telenovelas, como um dos factores de destruição de valores e princípios essenciais à saúde integral do indivíduo, da família, da sociedade e da nação.

Denunciamos os modelos naturalistas e materialistas dos currículos escolares que desde a infância corrompem a mente incutindo a ideia de que o homem nada mais é do que um produto do acaso e do acidente e, desta forma, roubando o sentido e o propósito da vida.
Não temos dúvida alguma que estas tendências são factores decisivos na crise civilizacional que enfrentamos, no estertor dos modelos humanistas e no colapso da dignidade humana.

O nosso voto e a nossa presença nesta “Passeata pela Vida” não é contra as mulheres que já abortaram ou que se encontram sob a tensão de circunstâncias dolorosas para o fazerem ou não.
Defendemos que compete ao Estado investir o dinheiro dos contribuintes salvaguardando a vida e apoiando as famílias.

O papel da Igreja e dos cristãos individualmente não se resume única e exclusivamente em defender a vida nas urnas, mas promovê-la todos os dias e em todo o lugar apresentando soluções e dando ajuda concretas às famílias em geral e às mães em particular.

Defendemos uma verdadeira educação sexual que promova a abstinência até ao casamento como a única forma de promover a responsabilidade, a dignidade própria, enaltecer o afecto, desenvolver um amor genuíno, proteger a saúde, apreciar o prazer sem tornar-se escravo dele.

Declaramos com singeleza e simplicidade, com humildade e franqueza, a graça salvadora de Deus que acolhe a todos os homens para a vida com abundância que Jesus Cristo veio proporcionar. Como Jesus disse “o ladrão veio para matar, roubar e destruir, mas eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10.10). O aborto é uma das estratégias contemporâneas desse ladrão.

É essa graça de Deus que nos impele a amar a vida, a defender a vida desde o momento da concepção, a amar as mulheres que abortaram, ajudá-las a libertarem-se dos traumas causados pelo aborto, apoiar no que estiver ao nosso alcance para que nunca se recorra ao aborto.

Arq. Samuel Pinheiro

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